quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Big Bean

Agente sempre diz
Está tudo bem
Mesmo quando não está

Em frente ao Big Bean
Sem saber direito
Qual é a hora do jantar

Palavras de verdade
Onde buscar
Chega de genialidade

Porque hoje é nesse chão
Que eu quero pisar
Eu to com a vida escancarada

Emoções a flor da pele
Ficou mais longe ir do que voltar
E quando é assim
Eu vou até o fim

Livre –me da sua complacência
Poupe-me da sua condescendência
Rompa-me e me verá essência
Louve-me com a consciência

Quero isto da vida
Quero isto e nada mais
A felicidade como cais
Uma estradinha cumprida
Linda, linda e nada mais


Norman Martins

Amar a vida

Amar a vida não é ignorar a morte
Amar a vida é ir além dela
Amar a vida é ter esperança
Amar a vida é se deixar levar por um vislumbre
Amar a vida é seguir o dia
Amar a vida é não entendê-la
Amar a vida é quere – lá
Amar a vida é vivê-la
Amar a vida como ela for
Amar a vida como ela vir a ser
E ser
Amar a vida e ter alguma parte dela consigo
Amar a vida até que ela se ausente.

Norman Martins

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Presença

Não há tempo para mais nada
Esqueça tudo que deu errado em sua vida
Deixe que ele tome conta destas feridas
Não falo em mistério, falo de Jesus Cristo
Enquanto eu corro eu grito bem alto
Enquanto eu corro eu grito

Não vejo tempo para mais nada
Nem mesmo para minhas feridas abertas
Para ser sincero sinto-as sendo saradas
Para ser mais claro sinto-as sendo costuradas
Enquanto eu canto e louvo e exalto
Enquanto eu canto e louvo

Há mais de Cristo em meu viver
E quanto mais Eu vivo mais eu quero ter
Há mais perfume no ar
Água da fonte a transbordar
Enquanto sinto seu perfume me envolver
Eu sinto a presença de Cristo.


Norman Martins

Luzeiro

Um luzeiro
Uma flor
Encontro marcado
Diante dela manhã

Não é amor
Quando a luz se apaga
Pouco haver o que sobrou

Ou tudo não passa de mágoa
Não é mais a mesma coisa
Uma foto envelhecida
Só cinza e branco
Veja as nossas vidas

Pode chamar de saudade
Sinta-se como quiser
Só não há por que
Pensar que existe vida
Nestas plantas mortas

O improvável ainda me assusta
Estou andando só eu nem me lembro quanto
Precisamos do mesmo
Não mais um do outro

As minhas mãos tremem
Isto não pode ser bom
A vida continua
É loucura , viver o que já não é.

Norman Martins

Mais uma onda

Ela sente falta de ar
Eu de amigos
Verdade ...
Nem sempre vemos
Nossos inimigos.

Há um verso unindo agente
Nascemos um para o outro
Faz frio no deserto quando chega a noite
Nossas vidas deviam jamais
Ir para longe.

Sinto pingos de chuva
As crianças correndo
Livres sem guarda-chuva
Meu tudo acontecendo
Chamam-na de vida
Pior que ela nem liga.

Só mais uma onda ...

Ele não esta ai pra moda
Ele sabe o que é, sabe o que fazer
Parece ter visto esse filme antes
Ele já viu cada cena
Salvo o mocinho, o vilão, o bandido
A moral, o enredo o final
É sempre a mesma coisa .

Só mais uma onda ...


Norman Martins

Primeiro amor 2

Ache preciso amar com toda força
Sem o menor receio de parecer cafona
Crie um costume bárbaro
Beije e grite ao mesmo tempo o nome
Beije e diga isto ao alvo do seu amor;
Da sua paixão, da sua entrega

Almeje com perseverança
Objetive o que mais sonha
É desses intentos que surgem os castelos;
As pessoas que amam de forma perfeita
O que de mais profundo a vida oferta

Filhos dessa espécie de sentimento
Sutis contornos do desejo que vida contém
Esteja certo é necessário
A natureza espera isso da sua existência
E quando acontecer todos saberão

É seu espírito extrapolando a rotina
Isto é sobre "o sublime"
Pode existir ou não
Flagrante que a razão não previne
Feito primeiro amor
Potencialmente infindável.

Norman Martins